terça-feira, 31 de março de 2009

Instituto Moreira Salles lança revista de ensaios

so um recadinho, volto a postar resenhas ate sexta.

Instituto Moreira Salles lança revista de ensaios
Destaque da 1ª "Serrote" são os inéditos de Saul Steinberg, ilustrador da "New Yorker' Quadrimestral, publicação estreia com ensaio de Carlo Ginzburg, fotos de Gautherot e carta inédita de Mário de Andrade a Otto Lara Resende EDUARDO SIMÕESDA REPORTAGEM LOCAL O Instituto Moreira Salles chega à maioridade buscando mais visibilidade para o acervo acumulado em 18 anos e maior aproximação com o público. Uma das primeiras empreitadas é o lançamento da "Serrote" (R$ 29,90; 224 págs.), revista quadrimestral de ensaios, em formato de livro, e desde anteontem nas livrarias."É um modo de o instituto contribuir com a circulação de ideias, numa revista de ensaios de figurino anglo-saxão, comprometida com a clareza, sem os ritos acadêmicos", diz Flávio Pinheiro, que está na comissão editorial ao lado de Matinas Suzuki Jr., Rodrigo Lacerda, Samuel Titan Jr. e Daniel Trench, autor do projeto gráfico.Ainda segundo Pinheiro, a "Serrote" privilegia não só o texto, mas também as imagens, com edições bem ilustradas, diferente de publicações tradicionais brasileiras como a extinta "Argumento" ou a revista do Cebrap. O primeiro número, por exemplo, traz desenhos de Saul Steinberg (1914-1999), célebre cartunista e ilustrador da "New Yorker", acompanhados de análise de Rodrigo Naves."É o carro alegórico do primeiro número. Um conjunto formidável de 20 desenhos inéditos, de um caderno feito em 1954", diz Pinheiro.BatismoEm busca de um nome para a revista, Pinheiro conta, bem-humorado, que palavras ligadas a ensaio soavam pernósticas ou sérias demais. "Pensamos em usar simplesmente "Ensaio", mas a palavra no Brasil tem a conotação teatral ou ligada a escolas de samba", diz.O batismo acabou sendo feito por Matinas, levemente inspirado em poema do livro "Poliedro", de Murilo Mendes (1901-1975), que diz: "Tremo quando examino o serrote". "Lembra a tradição de revistas literárias com nomes mais humorísticos, como "O Malho'", diz Matinas.O acervo do instituto aparece na revista em dois achados: fotos que o francês Marcel Gautherot (1910-1996) tirou de Pancetti (1902-1958) fazendo pinturas em vidro. E uma carta inédita, de 1944, de Mário de Andrade para Otto Lara Resende. "Foi feita depois de uma visita de Mário a Belo Horizonte e traz comentários dele sobre a então jovem turma de escritores mineiros", conta Rodrigo Lacerda, que encontrou a carta.Outro texto inédito é "David, Marat", ensaio do historiador italiano Carlo Ginzburg, fruto de palestra que ele deu em Bolonha, Paris e em Passo Fundo, e que será publicado na Itália em 2010. "Ele usa um quadro para falar das relações entre política e religião, algo que poderia parecer puramente acadêmico. É um jeito de pensar o presente e que aparece aqui ricamente ilustrado", diz Titan.A única seção fixa será o "alfabeto serrote", em que um convidado explica um verbete. Na estreia, Chico Alvim fala de "serrote", Antonio Cicero, de "verso" , e Tostão, chamado para definir "drible", acabou com "passe". "É mais importante", disse o ex-jogador a Matinas.

Um comentário:

  1. Obra de Kafka está inacabad, afirma biógrafo


    Tamanho do texto?
    Nos cadernos em que escrevia, Franz Kafka não fazia distinção entre ficção e realidade: seus diários eram literários e sua obra uma revelação íntima. É esta a opinião do filólogo Reiner Stach, que está preparando uma nova biografia do escritor. Para ele, a publicação na Europa do segundo volume das obras completas está dando uma idéia mais realista e precisa do escritor de Praga.

    Stach diz que entender esse conceito dará às pessoas uma visão mais humana a respeito da figura de Kafka, mesmo que alguns possam se decepcionar ao perceber que a obra do escritor está, na verdade, inacabada. "A culpa, porém, não é de Kafka, mas de seu editor, Max Brod, que dava a entender que as obras publicadas haviam sido finalizadas pelo escritor", diz Stach.

    A vida de Kafka, aliás, é o tema de uma nova ópera que estreou na semana passada em Paris: K... A Obra, composta pelo francês Philippe Manoury baseia-se em O Processo, um de seus mais célebres trabalhos. Trata-se de uma ópera experimental, com a integração de recursos de computação à música, promovida por equipes do Instituto de Investigação e Coordenação Acústica do Centro Pompidou de Paris, preocupados, segundo Manoury, em manter a "estética da fragmentação", presente na obra de Kafka.

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