quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Literatos tambem fofocam!






15 Agosto 2009 - 02h00

Paixão: Escritor e Raquel dos Santos têm 35 anos de diferença
Lobo Antunes rejuvenesce com novo amor
António Lobo Antunes madrugou ontem para receber no aeroporto de Lisboa a nova namorada, a jornalista brasileira Raquel Cristina dos Santos. Os dois conheceram-se há cerca de dois meses durante a Feira Literária Internacional de Paraty, no Rio de Janeiro, e tencionam trocar votos matrimoniais dentro de pouco tempo, segundo avançou ao CM Sheila Moura, melhor amiga e madrinha de Raquel dos Santos.


O escritor, de 66 anos, chegou pelas 07h00 ao aeroporto de Lisboa e andava ansioso pela área das chegadas com um ramo de rosas vermelhas na mão. Mais de uma hora depois, a jornalista brasileira, de 31 anos, cruzou a porta de desembarque e o casal reencontrou-se finalmente. Sem ligar à multidão que os rodeava, Lobo Antunes e Raquel trocaram abraços e beijos calorosos. Os olhos brilhavam e os sorrisos cúmplices denunciavam a paixão que os une, apesar da diferença de idades ser de 35 anos.

À equipa do CM o escritor ainda tentou esconder o relacionamento entre ambos: 'Vim aqui buscar uma amiga. Apenas isso', disse Lobo Antunes ao ser questionado sobre o romance.

Mas, perante as evidências, desabafou: 'Até me avisaram para não vir cá porque podia ser apanhado e agora estão aqui vocês. Nem quero acreditar... A minha família não sabe de nada. Isto é incrível. Nós somos uma família muito discreta, não gostamos da exposição pública', desabafou.

Sheila Moura garante que a amiga de longa data está muito apaixonada pelo escritor, por quem nutria uma paixão platónica há anos. 'A Raquel é uma grande fã de toda a obra de Lobo Antunes. Está a tirar um doutoramento focado nos livros dele e sempre sonhou conhecê-lo. No início de Junho, isso aconteceu e o Lobo Antunes ficou encantado. Começaram logo a namorar e ele convidou-a para ir a Portugal ', relata a amiga.

A tia de Raquel, Fátima, com quem a jovem vive na cidade de Jundiaí, no Interior do Estado de São Paulo, disse ao CM estar bastante contente com a relação. 'A minha sobrinha sempre foi uma miúda que encheu a família de orgulho. Por isso, se ela está feliz com o romance, nós também estamos', disse, sem querer contar se já foi apresentada ao escritor. 'Não vou falar mais nada. Acho indelicado falar da vida da Raquel. Ela pediu à família e aos amigos para não prestarem declarações e vamos respeitar a sua vontade', acrescentou Fátima.

PERFIL

António Lobo Antunes nasceu em Lisboa, a 1 de Setembro de 1942, no seio de uma família da alta burguesia. Licenciou-se em Medicina e especializou-se em Psiquiatria. Exerceu a profissão no Hospital Miguel Bombarda, dedicando-se desde 1985 exclusivamente à escrita. Já publicou cerca de três dezenas de livros e recebeu inúmeros prémios

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Será que Poetas lêem pouco?




Será que Poetas lêem pouco?


Qual seria a o propósito de um questionamento nesse sentido para o debate literário no Brasil.?

Essa não é um libelo contra os poetas, mas sobre um fenômeno contemporâneo que tem chamado muita atenção entre quem ama literatura e faz disso uma das coisas importantes da vida.

Sabemos que para muitas pessoas, incluso artistas e poetas, essa questão pode não ter a menor importância, nem mesmo como curiosidade. A elas, reservamos o total direito de não levarem o assunto em consideração, Alheando-se a uma discussão que “nada tem a ver com a criação poética”.

Mas, por outro lado, seja como leitor inveterado ou escritor, para pessoas que tem a literatura como parte indispensável de suas vidas essa é uma pergunta de grande interesse.

A questão parte do convívio quase diário com poetas com uma produção significativa de longos anos, alguns inclusive ganhadores de um prêmios. Além de reconhecidos por seus pares.

Indo direto ao ponto, o fato é que, curiosamente, muitos dos poetas, ou que se afirmam como tal, (essa distinção será cuidadosamente observada aqui) que pipocam a todo momento em diverso meios, não só artísticos, revelam explicitamente falta de repertorio mínimo no campo da literatura e até, surpreendentemente, em seu próprio metier a poesia.

De cara, dois questionamentos bem destintos se impõem:

Uma pessoa é poeta simplesmente por se afirmar assim?
O poeta tem obrigação de ler outros escritores?

Hoje em dia, do Advogado ao artista plástico, passando pelo jovem estudante colegial, todo mundo faz alguns versinhos, todos tem alguma poesia para mostrar e a maioria não tem o menor duvida em se apresentar como poeta.
Evidentemente não são dessas doces e sensíveis pessoas, que algumas vezes só procuram reencantar suas vidas, que precisamos de saber o porquê de tal disparate.

A segunda pergunta tem um peso maior para o nosso propósito e esta diretamente relacionada questão principal, é daí que surgem diretamente as vozes dos poetas.

“ Minha poesia vem da minha experiência de vida, do cotidiano”
“ Escrevo a partir da minha vivencia pessoal, não me interessa a visão dos outros”
“ Não leio para não me influenciar”

São algumas das não raras frases que se pode ouvir de parte dos milhares de poetas que freqüentam as dezenas de saraus de São Paulo, hoje o estado que sedia alguns dos mais populares do Brasil.

Sem entrar no mérito profundo da questão, pode-se dizer, no mínimo, que essa é uma postura claramente indiferente que serve de desculpa para ignorar toda tradição literária,que se consolidou ao longo de milênios, única e exclusivamente por mérito estético.
Uma fonte de matéria-prima artística resultante de vidas e experiências incontáveis, tão nossas como qualquer outra coisa.

E claro que não se trata de extirpar o espontaneismo da poesia, não se pode negar o caráter intuitivo ou instintivo da arte tantas vezes reverenciado nos manifestos como o Surrealismo, dos escritos de Kandinky ou da literatura Beat., entre dezenas de outros exemplos.

Mesmo neste texto que escrevo a intuição tem papel fundamental, pois parte de uma impressão meramente empírica e que não é resultado de leitura alguma que eu tenha feito nos últimos tempos, além disso não consulto nenhum livro ou artigo para me auxiliar nesse momento.
Porem, não posso negar que tal reflexão só poderia ter sido desencadeada pelo fato de dispor de um conhecimento embasado no imaginário literário e não só em minhas experiências.


Tudo isso para dizer que,na pratica, parece revelar o real motivo da gritante falta de leitura entre muitos poetas é, não o anseio a originalidade ou a criação artística autoral e de forte cunho pessoal, mas, esse éo ponto, a “ Persona de Poeta” , a caracterização de um anônimo em “ artista”, em um ser diferenciado.

Todo mundo sabe o prestigio, pouco que seja que alguém que se envolve com algum ramo da literatura ou da cultura goza nos círculos sociais. Em casos mais extremos poder-se-ia apontar em investidas como essa uma carência de auto-estima ou um mero clamor por popularidade fácil.

O status advindo da Persona de Poeta induz ao aumento da auto- estima e a sensação de estar participando de um circulo – restrito de notáveis , pois, não podemos esquecer, nem todo o planeta virou poeta!


.Se assim for, resta aos colegas de tão importante esforço que se deixam tomar pelo olhar sublimado e devastado sobre a vida que a literatura lança para mundo

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Ronaldo Correia de Brito e Altair Martins vencem Prêmio São Paulo


Ronaldo Correia de Brito e Altair Martins vencem Prêmio São Paulo
A segunda edição do prêmio de literatura de maior valor do Brasil consagrou os escritores Ronaldo Correia de Brito, na categoria de melhor livro do ano, e Altair Martins como melhor autor estreante, autores respectivamente dos romances "Galiléia" (Objetiva) e "A parede no escuro" (Record).

Cada um dos escritores recebeu R$ 200 mil e o troféu do Prêmio São Paulo de Literatura das mãos do governador de São Paulo, José Serra, e do secretaria de estado da Cultura, João Sayad, na noite desta segunda-feira no Museu da Língua Portuguesa na capital paulista.

- Vejam que é um prêmio nacional, porque ganhou um gaúcho e um cearense. Os paulistas devem se aprumar mais no ano que vem - brincou José Serra após a entrega dos prêmios. - Não é São Paulo, mas a língua portuguesa a verdadeira pátria deste prêmio.

Podem concorrer ao Prêmio São Paulo de Literatura, concedido pelo governo do estado de São Paulo, romances publicados em língua portuguesa cuja primeira edição tenha sido feita no Brasil.

Transformar o escritor em pop star é o objetivo principal do prêmio, segundo João Sayad. O formato foi inspirado no Booker Prize.

- Queremos incentivar a leitura, daí o prêmio ser de um valor escandaloso. Não é coisa de paulista. É para chamar a atenção mesmo - disse o secretário da Cultura.

Sobre os vencedores, declarou o escritor Cristóvão Tezza, integrante do júri final:

- O livro de Ronaldo Correia de Brito revela alta competência literária, investigando tematicamente a culpa e as voltas do acaso. Já o estreante Altair Martins apresenta um romance forte ao contrapor a corrosão do olhar urbano aos mitos do sertão, retomando algumas das questões centrais da literatura moderna e contemporânea.

"Galiléia" custou a Ronaldo Correia de Brito oito anos de trabalho. O romance conta a trajetória dos primos Ismael, Davi e Adonias, que escapam da Fazenda Galiléia de Raimundo Caetano no sertão do Ceará pensando em jamais voltar. Vão viver em grandes centros, mas jamais pertencem a nenhum lugar. Ao voltar à Galiléia, são condenados a um destino trágico.

"A parede no escuro", romance de estreia de Altair Martins, nasceu na universidade, como parte de um projeto de mestrado. Altair trabalhou na obra durante sete anos. Um atropelamento, que resulta na morte de Adorno, deixa duas famílias sem pai. Este acidente desencadeia os relatos de diversos narradores que tentam expiar suas culpas e a perda.

"Galiléia" e "A parede no escuro" competiram com 217 romances de 75 editoras e 13 autores independentes inscritos. Ficaram entre os dez finalistas de cada categoria, após serem escolhidos por um júri formado pelos professores Ivan Marques e Marcos Moraes, pelos escritores Menalton Braff e Fernando Paixão, pelos livreiros Paula Fabrio e José Carlos Honório, pelos críticos literários Marcelo Pen e Josélia Aguiar e os leitores Márcia de Grandi e Mario Vitor Santos.

"Galiléia", de Ronaldo Correia de Brito, disputou o prêmio com "A viagem do elefante" (Companhia das Letras) de José Saramago, "Órfãos do Eldorado" (Companhia das Letras) de Milton Hatoum, "Manual da paixão solitária" (Companhia das Letras) de Moacyr Scliar e "Acenos e afagos" (Record), de João Gilberto Noll, entre outros.

A avaliação final foi feita por um segundo grupo de jurados, que chegou aos dois vencedores. O júri final era composto pelo crítico literário Luis Antonio Giron, a professora Walnice Nogueira Galvão, o livreiro Aldo Bocchini e o leitor Claudiney Ferreira, além de Cristóvão Tezza.

A primeira edição do Prêmio São Paulo de Literatura foi realizada em 2008 e recebeu 146 romances inscrições de 55 editoras e 19 autores independentes. O vencedor do prêmio de melhor livro foi Cristovão Tezza, por "O filho eterno" (Record), e o melhor livro de autor estreante foi "A chave de casa" (Record), de Tatiana Salem Levy.

Veja abaixo a lista completa dos finalistas do Prêmio São Paulo de Literatura 2009:

Melhor Livro do Ano

Carola Saavedra, "Flores azuis" (Companhia das Letras)
João Gilberto Noll, "Acenos e afagos" (Record)
José Saramago, "A viagem do elefante" (Companhia das Letras)
Lívia Garcia-Roza, "Milamor" (Record)
Maria Esther Maciel, "O livro dos nomes" (Companhia das Letras)
Milton Hatoum, "Órfãos do Eldorado" (Companhia das Letras)
Moacyr Scliar, "Manual da paixão solitária" (Companhia das Letras)
Ronaldo Correia de Brito, "Galiléia" (Editora Objetiva)
Silviano Santiago, "Heranças" (Rocco)
Walther Moreira Santos, "O ciclista" (Autêntica Editora)

Melhor Livro do Ano - Autor Estreante

Altair Martins, "A parede no escuro" (Record)
Contardo Calligaris, "O conto do amor" (Companhia das Letras)
Estevão Azevedo, "Nunca o nome do menino" (Editora Terceiro Nome)
Francisco Azevedo, "O Arroz de Palma" (Record)
Javier Arancibia Contreras, "Imóbile" (7 Letras)
Marcus Vinicius de Freitas, "Peixe morto" (Autêntica Editora)
Maria Cecília Gomes dos Reis, "O mundo segundo Laura Ni" (Editora 34)
Rinaldo Fernandes, "Rita no pomar" (7 Letras)
Sérgio Guimarães, "Zé, Mizé, Camarada André" (Record)
Vanessa Barbara e Emilio Fraia, "O verão do Chibo" (Editora Objetiva)

sábado, 1 de agosto de 2009

ABOIO Um canto

http://www.youtube.com/watch?v=oUujyfTzX7s



No interior do Brasil, adentrando as extensões semi-áridas da caatinga, há homens que ainda hoje conservam o hábito arcaico de se comunicar com o gado por meio de um canto de nome aboio.




De minha parte, acho o Aboio simplismente belisssimo, um primor!!

O Modernismo brasileiro nao trouxe só " chato boys" como diria
Gilberto Freyre!
Com Mario de Andrade vem o desvelamento cultura folclorica( so uma
formalidade) que muita gente acha que
é so " Cordel" .


Esses nem sequer leram os modernistas, estao numa era pre-
Oswaldiana!!


Eu que nao quero ser Essencialista de "regiao " nenhuma!!