domingo, 6 de abril de 2008

SERA PRECISO UM CANONE?




Me agrada muito que nossos colegas de letras se preocupem com questoes como o canone. já que Para algumas pessoas, inclusive as que dizem gostar de literatura, isso pode parecer discussao academica ou " arte sem ligaçao com a vida"!
Bem, nem é necessario explicar porque isso é totalmente equivocado, basta olhar para a quantidade de grandes poetas e romancistas que se deteram nessas questoes. so para ficar nos mais conhecidos: TS ELIOT, OCTAVIO PAZ, BORGES, VIRGINIA WOOLF, ERZA POUND.........
Admiro o Rabino Jonathan Sacks e gosto dos artigos que ele escreve em jornais brasileiros. Acho que o " rabi" coloca uma questao urgente no meio literario que é os excessos do multiculturalismo literario e sua insistencia de avaliar obras literarias via criterios de genero, raça e ideologia. como acontece nas universidades americanas. Arte nao é democracia e julganentos de valor sao essenciais na apreciaçao literaria.
Como diz o Rabino vivemos num mundo sem herois e impregnado de mediucridade midiatica, o que explica a aversao das pessoas, sobretudo dos jovens, pela leitura.
Hoje tudo e entretenimento facil,tudo deve ser rapido e descartavel, é a " cultura liquida" como bem disse Zignund Bauman. Numa sociedade assim, qual seria o papel da leitura e dos grandes livros?? eles demandam paciencia, reflexao, sao como um vinho que deve ser degustado devagar sensivel a cada mudança do paladar! O lugar da boa estoria e do genio imaginativo´é o classico. Como atestam tantos grandes escritores e criticos. E , é claro, muitos leitores apaixonados, ao longo de muitos seculos!!
O escritor ítalo-cubano Italo Calvino transformou essa questão em nome de livro - "Por Que Ler os Clássicos" (Companhia das Letras)- e deixou bem claro que os clássicos servem para entender quem somos e onde chegamos. São demarcadores de lugar - "Quem leu antes os outros e depois lê aquele, reconhece logo o seu lugar na genealogia"-, mas merecem ser alternados com a leitura do presente."É clássico tudo aquilo que tende a relegar as atualidades à posição de barulho de fundo, mas ao mesmo tempo não pode prescindir desse barulho de fundo", diz Calvino. Portanto, leitura pode ser entretenimento mas fica muito mais saborosa se nao se resume a isso, como acontece na maioria da produçao contemporanea, salva grabdes excessoes como , SARAMAGO,LOBO ANTUNES,GONÇALO TAVARES, MIA COUTO!!
(OBS defendo o muiticulturalismo no campo SOCIAL &POLITICO )

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