quarta-feira, 21 de maio de 2008

O fim de Tom Woolf

É curioso que Tom Wolfe, ele mesmo um best-seller com " A fogueira das Vaidades " junte-se ao coro apocaliptico dos que anunciam a morte do romance.
Já perdi a conta de quantas vezes ouvi falar da tal "morte do romance".Enquanto soam as trombetas funebres, oque vemos é uma produçao e recepçao de romances sem igual na história. Nunca se escreveu tanto, milhoes de romances sao vendidos todos os anos, nos EUA ele é um mercado de bilhoes de dolares com adpataçoes e montagens cenicas.
O que dizer do Brasil entao, onde todo mundo pensa que é escritor!! Do Publitário a atriz da globo, passando pela praga de centenas de alunos de "Oficinas de criaçao" "Escrita Criativa", todo mundo acha que " tem uma boa estoria".
O que me leva a pensar que Woff, só pode estar falando da qualidade e originalidade das obras. Nesse caso nao há dúvida! A maior parte da produçao Literária contemporanea, nao so romanesca, é entretenimento descartavel, sem a menor condiçao de perdurar.
Concordo plenamente com vc no que diz respeito a grande apatia a leitura no Brasil. da vergonha!
É interessante pensar que, no caso especifico da prosa de ficçao, o leitor encontrava uma "traduçao do mundo" nas obras.
Era como se o romance fosse a sintese dos conhecimentos disponivel. Ele desenpenhava um papel que é, hoje, dos livros de Sociologia, Psicologia, Historia e ate de Ciencias.
É celebre a historia do livro de Flaubert chamado, Bouvard e Pecuchet, em que o autor quis reunir todo conhecimento intelectual e pratico disponivel naquele tempo na historia de dois personagens que recebem uma herança e passam a se deticar a todo tipo de estudo.
De certa forma, nao dependemos tanto da prosa de ficçao, sobretudo o romance, para um conhecimento do mundo. Embora, como prega o mais conhecido critico do nosso tempo, Harold Bloom:
" O conhecimento pode estar em todo lugar, mas so podemos encontrar sabedoria nos grandes livros"
Nossa salvaçao é saber que existem SEBALD, COEETZE, SARAMAGO, BOLANO, ROTH, PYNCHON AMOs OZ, IAN McEWAN, GÓNÇALO TAVARES, JONHATAN LETTEL, escritores que deram nova força romance e fizeram com que voltassemos a acreditar na grandeza literária, continuando o legado do "Cavaleiro da Triste figura de La Mancha".
abraços

Torcemos para que o Brasil descubra isso!!!

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