segunda-feira, 9 de julho de 2012

DE EPOCA

Antonio Girom

O romancista americano Jonathan Franzen, de 52 anos, é a estrela da noite de hoje (6) na Flip. E um dos três destaques da festa, ao lado de Jannifer Egan e Ian McEwan. Os três autores chegaram entre quarta e quinta-feira à cidade. McEwan fez uma aparição discreta na festa da Granta, Jennifer foi com a família (marido e dois filhos) a um passeio de barco – e Franzen, conforme o esperado, ficou longe do burburinho. De fato, está mais fácil avistar bem-te-vis na cidade do que ele. Hospedou-se em uma pousada distante e evitou se exibir em público. Passou a manhã de quinta-feira no mato, observando pássaros. “Estou muito feliz de estar no Brasil”, disse ontem na entrevista coletiva, em uma rara aparição, diante dos poucos repórteres que se dignaram a ficar longe do evento da Granta, o hype da temporada. “Eu imaginava o país, tinha fantasias sobre ele, e agora estou aqui. Rio de Janeiro é uma cidade linda, me lembrou de cara Chicago – que também é linda. Passei a manhã na selva. Meu encontro com os pássaros foi estimulante.”
Na coletiva, Franzen manteve o sorriso e a atitude de bom menino que lhe são características. Respondeu pacientemente a perguntas banais, que ele ia rotulando. “Ah, esta é a famosa pergunta sobre o processo criativo.” “Sim, a pergunta sobre como crio personagens”. Mesmo assim, houve momentos interessantes, como quando foi perguntado sobre religião: “Eu tenho formação religiosa cristã liberal. Até mais ou menos os 13 anos, eu me dediquei à igreja. Daí, entre os 9 e 1 anos, passei da religião ao culto da arte e da literatura. Mas respeito as pessoas religiosas.”

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